Meyre nasceu em São Paulo, capital e atualmente reside na cidade de Peruíbe, litoral sul paulista. Trabalhou no Banco do Brasil por 21 anos, tendo tomado posse na agência São Caetano do Sul, e se aposentou há oito anos em Campinas (SP), na agência Barão de Itapura.

Mãe de duas filhas, Meyre perdeu o marido, o sogro e um rim em 2016. Em busca de um norte e de um novo sentido para a vida, ela começou a fazer viagens sozinha pelo mundo. A princípio, ela não sabia o que buscava, mas encontrou mais do que esperava.

Como surgiu a literatura em sua vida?

Sempre gostei de escrever, mas na ânsia de relatar minhas viagens, compartilhar minhas sensações com alguém, iniciei um blog de viagens com relatos diários e meus leitores foram me incentivando a escrever um livro, pois diziam viajar comigo em meus relatos.

Em que você se inspira? Você se espelha em outros autores?

Sou uma leitora voraz, mesmo que as redes sociais tenham encolhido meu tempo na leitura de livros. Não me inspiro em nenhum autor, mas seria injusta se não dissesse que vários deles moldaram minha vida. No entanto, eu diria que a obra Cem dias entre Céu e Mar, de Almir Klink, se assemelha à minha proposta, guardadas as proporções. Minhas inspirações são o mundo e os seres que nele habitam, e a interação entre todos. Minha escrita fala sobre essa percepção.

Ao escrever, quais assuntos e temas mais despertam seu interesse? Por quê?

Este é meu primeiro livro, mas tanto no blog (que só escrevo quando estou viajando) quanto nas reflexões diárias, meu tema é a própria vida. As nuances, os dramas e sucessos das pessoas, e como enfrento os meus próprios dissabores e êxitos. Costumo fazer pequenas reflexões diárias que publico no Instagram e no Facebook. Tento levar aos leitores mensagens, não muito abstratas, de como lidar com a vida. São mais como uma receita, e o resultado depende de como cada um coloca seus ingredientes.

Que obras já lançou e sobre que temas se referem?

Minha primeira obra é o recém-lançado livro intitulado Por Essa Linda Viagem Chamada VIDA. Eu diria que é uma autobiografia que mistura lugares, pessoas, sensações, percepções e aprendizados. As pessoas me cobravam um trabalho, não ficando satisfeitas com o ócio. Daí me autointitulei "Acendedora de Esperanças" e saí pelo mundo com essa missão. Penso que tive êxito, e agora compartilho minhas experiências com a esperança de que sejam inspiradoras para outros.

Está trabalhando em alguma nova obra? Tem alguma previsão de lançamento?

Tenho material para outro livro da viagem anterior, feita com mais ousadia, já que foi um mochilão de 60 dias pelo sul da América, viajando de carona. A ideia era mostrar para pessoas de meia idade, como eu, que é possível realizar sonhos e desejos com pouco dinheiro e bastante idade. Aventurar-se não é só para jovens. Mas o lançamento deve acontecer dentro de um ano ou dois.

Qual a importância do trabalho criativo em sua vida? O que você busca com suas obras?

A escrita me preenche. Quando começo a escrever, me afasto da solidão e viajo por horas em meus relatos. É como sair da realidade, às vezes cruel, e se transportar para um mundo do imaginário, mesmo relatando minha própria vida. Quero levar o leitor a viver as mesmas sensações que eu, se permitindo afastar da realidade para viver um mundo diferente através das páginas, e, quem sabe, depois os encorajar a viver experiências similares, acendendo esperanças na obscuridade do ser.

Recomenda a outros colegas que se dediquem a esse tipo de atividade? Por quê?

Penso que todo talento deve ser explorado, seja ele na área que for. Ensinei isso a minhas filhas e alguns colegas de trabalho. Toda vez que se faz algo usando seus talentos, o resultado será alçado à excelência e você sairá da zona de mediocridade. Gosto de escrever, de ensinar, da oratória e estes talentos me levaram a aprender, a ouvir e a observar. Assim, pude, ao longo da vida, compartilhar tudo que aprendi, tanto por meio da escrita, quanto da oratória. Sinto que faço isso com muito amor.

Gostaria de destacar mais alguma informação?

Sou formada em Administração de Empresas com especialização em Gestão de Pessoas. Gosto de lidar com gente. Fui classificada por superiores como pacificadora, sabendo gerir conflitos e tento fazer isso comigo mesma e, ao lançar um olhar sobre meu passado recente, relato minhas memórias e aprendizados em minha escrita.

Como ter acesso a suas obras?

Para ter acesso à minha obra basta acessar o site Clube de Autores.