Nesta quinta-feira, 17/10, o jornal Correio Braziliense publicou um artigo do presidente da Previ, João Fukunaga, sobre a alta de juros no país. O Brasil tem uma das maiores taxas reais de juros do mundo. Um preço alto demais para o desenvolvimento do país e sem benefício para a população ou para a economia, já que a medida tem se mostrado ineficaz para diminuir a inflação.

A Previ está aproveitando o movimento para fazer um trabalho de imunização para aumentar a segurança de investimentos, especialmente no Plano 1, que tem um alto grau de maturidade – mais de 98% dos associados se encontram em fase de recebimento de aposentadoria ou recebendo pensão.

Com a alta de juros, a remuneração dos títulos passou de 3% para 6% e assim supera o retorno mínimo necessário para o cumprimento das obrigações previdenciárias, a meta atuarial dos planos. No primeiro semestre de 2024, foram comprados cerca de R$ 12 bilhões em títulos para o Plano 1. Os investimentos em renda variável estão sendo gradativamente migrados para a renda fixa, onde estão atualmente alocados 62% dos ativos. Em 2012, o percentual era de apenas 32%.

Mas para seguir esse caminho, há um preço alto a ser pago. A Previ investe prioritariamente no mercado brasileiro. De todos os ativos da Entidade, menos de 1% está no exterior. Ainda mais importante: o propósito da Previ também está aqui, no Brasil. A razão da nossa existência é pagar benefícios para 200 mil associados – no ano passado, foram pagos mais de R$ 16 bilhões em benefícios. Queremos cuidar do futuro dessas pessoas. Como fazer esse trabalho investindo em dívidas do governo, em vez de escolher pelo desenvolvimento do país?

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