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Cheque: dicas de controle, cuidados e utilização

26/12/2011

Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), no primeiro semestre de 2011, o valor movimentado por cheques foi 70% superior ao volume monetário das transações com cartão de crédito. O valor total acumulado no primeiro semestre em transações com cheques foi de R$ 511,6 bilhões, enquanto o volume total movimentado com cartões de crédito foi de R$ 301,8 bilhões.

Vantagens

Segundo o economista e educador financeiro Richard Rytenband, a grande vantagem do uso do cheque é não ter que adequar as transações a um determinado dia. Outro aspecto positivo apontado pelo especialista é que não há limite de valor e, ainda, não há cobrança de anuidade nem outras taxas pelo uso do cheque.

"O cheque é menos burocrático e qualquer cidadão com conta bancária tem acesso, mas vale lembrar que o uso do cheque como o de qualquer outra moeda deve ser consciente. Controlar os gastos é uma atitude fundamental", afirma Rytenband.

Alex Campos, colunista do Painel Econômico da Rádio JB FM, acredita que a principal vantagem do cheque é poder usá-lo como meio de financiamento.

"Se o lojista não dá desconto no pagamento à vista e o custo é igual no pagamento a prazo, vale a pena pagar com o talão de forma parcelada. Além disso, atualmente, existem esforços do Banco Central e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) no sentido de ampliar a garantia, a segurança, a credibilidade e a transparência do cheque", explica Campos.

Cheque ou cartão?

O que os especialistas têm percebido é que a maneira como o cheque está sendo usando mudou ao longo dos últimos anos. As despesas pequenas são pagas com cartão. Rytenband afirma que as pesquisas apontam que o valor médio mensal gasto no cartão de crédito gira em torno de R$ 80,00 e que o valor médio do cheque fica próximo a R$ 1.000,00.

Campos é enfático: "Do ponto de vista da educação financeira o ideal é não usar cheque ou cartão, exceto na situação citada acima, quando se cobra o mesmo preço à vista ou a prazo. Nos dois casos, ultrapassando-se o período de crédito sem juros, as taxas se tornam muito altas. Se o cliente tiver direito àquele cheque especial que não cobra encargo por 10 ou 12 dias, vale a pena usar esse benefício desde que não estoure o prazo predeterminado. O cartão é interessante quando se trata de uma promoção, de fato vantajosa, em que só ele é aceito. Seus maiores problema são suas taxas, encargos, anualidades, coisas que não pagam o status rarefeito de possuí-lo", alerta.

Dicas de controle e cuidados

Para Campos, o consumidor precisa usar o cheque, ou qualquer instrumento de financiamento, como o cartão, o penhor ou o consignado, com disciplina e organização orçamentária.

"A decisão de compra deve ser sempre pensada e repensada, levando em conta vários fatores, fundamentalmente, a real necessidade do produto ou serviço e a real disponibilidade do recurso, seja dinheiro vivo ou dinheiro virtual", afirma Campos.

O colunista do Painel Econômico explica que dinheiro vivo é aquele que o consumidor tem na mão ou na conta. Já o dinheiro virtual é aquele que ele acredita ou supõe que terá.

Para Rytenband o uso do cheque ajuda naturalmente o consumidor a manter o controle, pois ao contrário dos cartões " débito ou crédito " exige o preenchimento do mesmo, o que facilita o indivíduo a perceber seu gasto.

A Febraban recomenda alguns cuidados que o cliente deve tomar ao usar cheque:

" Ao receber o talão, conferir os dados do correntista e a sequência numérica de todas as folhas;

" Guardar em local seguro o talonário, evitando, com isso, que qualquer pessoa tenha acesso a ele;

" Não assinar cheques em branco;

" Habituar-se a preencher o nome do favorecido e cruzar os cheques emitidos;

" Não deixar espaços em branco, para evitar inserções indevidas de palavras e números;

" Em caso de perda, furto ou roubo, comunicar o fato imediatamente ao banco e fazer boletim de ocorrência policial do fato;

" Conferir no extrato de conta corrente o débito dos cheques emitidos para pagamentos;

" Habituar-se a declarar no verso do cheque a que fim se destina o pagamento quando utilizado para compras e quitação de compromissos.

 

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