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De olho no futuro

As Políticas de Investimentos para o ciclo 2023-2029 foram aprovadas. Documentos trazem direcionamento para os planos nos próximos sete anos.

27/01/2023

Quanto mais longa a viagem, mais detalhados devem ser os planos. Para uma entidade que tem como propósito cuidar do futuro das pessoas, é importante definir a direção a ser seguida. Os documentos que servem como bússola da gestão de ativos da Previ são as Políticas de Investimentos. Elas estabelecem as diretrizes que norteiam a aplicação dos recursos da Entidade e são revisadas anualmente para um horizonte de sete anos.

As Políticas buscam atingir o equilíbrio ideal da relação risco e retorno, de acordo com o perfil do plano de benefícios. O objetivo é atingir a rentabilidade necessária para cumprir os compromissos com os associados, e dessa forma, garantir que os investimentos tenham o risco adequado e a liquidez necessária por meio de uma gestão eficiente, eficaz e inovadora. 

Para cada plano, um caminho

Cada plano da Previ tem características próprias. O Plano 1 é o mais maduro – tem quase a totalidade de associados já recebendo benefícios, é fechado para novas admissões desse 1998 e tem R$ 223,83 bilhões em investimentos. Por isso, tem como referência o conceito de investimentos orientados ao passivo. Ou seja: são adotados parâmetros que priorizam, além da rentabilidade, a liquidez e a aderência dos investimentos às obrigações do plano. Como explica a diretora de Planejamento Paula Goto:

“O Plano 1 tem muitas décadas de pagamento de benefício pela frente. Por isso, ao elaborar a Política procuramos o equilíbrio, com o alinhamento do prazo médio do passivo com o da rentabilidade dos investimentos. Ou seja: o casamento entre tudo o que a Previ precisa pagar aos associados com o desempenho que queremos que os investimentos tenham”.

Essa mesma linha também é seguida em outros dois planos da Previ: o da Carteira de Pecúlios (Capec) e o Plano de Gestão Administrativa (PGA). Já no Previ Futuro e no Previ Família, que são planos que estão em fase de acumulação, a referência é o conceito de busca por performance, que consiste na orientação dos investimentos para obtenção de melhor desempenho.

Investimento Responsável

Investimento Responsável e questões Ambientais, Sociais e de Governança são temas abordados pela Previ há vários anos, que vão muito além de um modismo corporativo. São boas práticas de responsabilidade ambiental, social e de governança que proporcionam mais sustentabilidade aos negócios, geram valor para acionistas, investidores e toda a sociedade, além de melhorar também o retorno dos investimentos e dão longevidade às empresas. Por isso mesmo, a Previ incorporou a análise desses aspectos à tomada de decisões sobre seus investimentos.

Uma das principais diretrizes das Políticas de Investimento dos planos é a aderência aos princípios ASG. Na governança de investimentos da Previ, são realizadas análises levando em consideração o risco ASG – a possibilidade de desvalorização, perdas financeiras ou de danos à imagem da Previ, resultantes de falhas ou eventos relacionados a fatores ASG nos ativos do portfólio.

Desde o início de 2023 a Previ tem uma representação no board do PRI (Princípios para o Investimento Responsável), com a eleição do Diretor de Investimentos da Entidade, Denísio Liberato. É uma oportunidade para a Previ se conectar com a discussão da agenda ASG no espectro global e de retomar seu protagonismo na implementação dos Princípios, especialmente na América Latina, como explica Denísio:

“A Previ já exerce uma influência local naturalmente, que deve se intensificar com a presença no Conselho do PRI. Queremos contribuir ainda mais em prol do Investimento Responsável. Como uma iniciativa global, também é fundamental que o Conselho do PRI entenda os desafios do Investimento Responsável em diferentes partes do mundo. Espero levar para o board do PRI uma perspectiva atual sobre os debates existentes na América Latina, aprender com as experiências dos meus colegas de Conselho e ajudar no desenvolvimento e implementação das estratégias do PRI na região”.

Daniel Stieler, presidente da Previ, explica a importância desse trabalho para investidores institucionais que têm uma estratégia de longo prazo: “Ao pagar benefícios, estamos presentes no futuro dos associados e da sociedade como um todo – afinal, são cerca de R$ 1,3 bilhão de reais que a Previ insere por mês na economia. Por isso, ao investir, não podemos olhar apenas a rentabilidade de uma empresa hoje. Precisamos saber se ela continuará rentável daqui a 30 anos. Ter os critérios ASG e de Investimento Responsável inseridos nas Políticas de Investimento nos faz tratar desses temas de forma efetiva”.

Mais agilidade e eficiência

A estrutura das Políticas de Investimentos, assim como nos últimos anos, permanece modularizada, o que traz mais agilidade à gestão dos investimentos. A novidade está na inclusão do módulo Princípios e Filosofia de Investimentos, que engloba as diretrizes gerais de investimentos e ASG em um único documento com os princípios fundamentais que regem os investimentos da Previ. Mas cada plano possui um módulo distinto, que detalha as especificidades de cada um deles, como explica a diretora de Planejamento Paula Goto. “As estratégias das Políticas ficam mais customizadas e aderentes aos planos, o que proporciona mais agilidade e eficiência na gestão dos investimentos. Ajustes e correções de rota podem ser feitos de forma precisa e rápida, exatamente onde são necessários.”

A metodologia de cálculo dos limites de macroalocação dos planos foi reformulada, com uma revisão completa do modelo de fronteira eficiente. Foram desenvolvidos modelos específicos para cada plano, considerando sua orientação, com foco no passivo ou na busca por melhor desempenho dos investimentos.

Com foco em uma gestão mais ativa, foram feitas revisões nos benchmarks dos investimentos, como por exemplo, a alteração do segmento de renda variável do índice IBrx para Ibovespa, adicionando um prêmio de 0,3%a.a., considerando sua maior aplicabilidade dentro da indústria de fundos de investimento em ações e facilitando a realização de operações estruturadas com índices. Além disso, foram revisadas as métricas de risco avaliando a melhor utilidade e aplicação na gestão dos recursos. 

Nos investimentos em imóveis, houve revisão da meta na carteira de Fundos Imobiliários do Plano 1, que passou de INPC + 7,0% a.a. para “superar o IFIX” conforme já estabelecido nos demais planos. Já no Previ Futuro, a alteração de benchmark ocorreu no segmento imobiliário. Como o Previ Futuro é um plano ainda em fase de acumulação, que pode correr mais riscos para conseguir retornos superiores, foi incluído um prêmio de 1 % em relação ao benchmark do segmento imobiliário do Plano 1, passando de INPC + 6% a.a. para INPC + 8% a.a.

A carteira Private Equity dos investimentos estruturados do Plano 1 e do Previ Futuro tiveram suas metas de rentabilidade ajustadas de INPC + 8% para INPC + 10%, conforme parâmetros estabelecidos previamente. Além disso, os limites máximos de alocação foram reduzidos, tendo em vista a vedação de novas alocações de recursos e a perspectiva de desfazimento desse tipo de ativo. Em consequência, os limites máximos de alocação da carteira fundos de investimentos multimercado foram ampliados.

Nos investimentos no exterior, em linha com a Resolução CMN nº 4.994/22 e a busca pela diversificação entre diferentes de fatores de exposição a riscos, foi incluída nas Políticas a possibilidade de investimentos em títulos soberanos no exterior, como alternativa às NTNBs, em consonância aos fluxos atuariais dos Planos.

A Política de Investimentos da Capec estabeleceu novo índice de referência que passou do IMA-B para IMA-Geral. A mudança tem o objetivo de adequar o parâmetro de referência ao portfólio planejado do plano.

Por fim, em função da possibilidade de investimento em Tesouro Selic (LFT) e das perspectivas de mercado, as alocações das carteiras caixa do Previ Futuro e PGA foram ampliadas.

Governança fortalecida

A Política de Investimentos da Previ é elaborada pela Diretoria de Planejamento, aprovada pela Diretoria Executiva e pelo Conselho Deliberativo e executada pela Diretoria de Investimentos. Essa segregação de funções traz mais segurança no processo de gestão e fortalece o modelo de governança, sempre com o mesmo objetivo: cumprir a missão da Previ, de pagar benefícios a todos nós, associados, de forma eficiente, segura e sustentável.

Para conhecer mais sobre as Políticas de Investimentos, acesse no site o menu Investimentos da Previ >> Políticas de Investimentos.

 

 

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