Indo de encontro ao senso comum de que elas são descontroladas com o dinheiro, na gestão do orçamento da casa, a mulher costuma ser a responsável por organizar as contas e investimentos da casa.
10/03/2015O casal formado pelo representante comercial Alberto de Oliveira e a administradora de empresas Liliana de Almeida tem um relacionamento de muita tranquilidade. Casados há mais de dez anos, eles garantem que o dia a dia na casa da família tem uma rotina pouco atribulada por conta da gestão dos gastos: a esposa é a responsável por organizar as contas e investimentos da casa.
“Eu recebo meu salário, retiro uma parte para as minhas despesas pessoais básicas e deixo o restante nas mãos dela. Sempre foi assim, sinto que o dinheiro rende mais quando ela administra. Meu salário já foi maior que o dela, em outros momentos foi menor, e nossa forma de administrar o orçamento sempre foi assim, e não vai mudar”, pontua o marido.
Liliana afirma que a decisão sobre o tema foi conjunta, e que o controle das finanças do casal ficou por conta dela por causa de uma característica em especial: ela afirma que sempre foi mais organizada e metódica na medida certa. Com isso, sabe exatamente quanto a família pode gastar.
“Eu acho que isso é uma característica comum das mulheres, normalmente nós somos mais regradas que os homens. Claro que tem homens que são também muito organizados, e mulheres desorganizadas, mas eu vejo que na maioria dos casos as famílias têm uma situação parecida com a nossa: a mulher toma conta do dinheiro e as contas fecham”, avalia.
Segundo a escritora Patricia Lages, que está lançando o segundo volume do livro “Bolsa Blindada”, best seller sobre a administração das finanças pelas mulheres, elas geralmente entendem melhor da organização do dia a dia da casa. E isso, claro, inclui a gestão dos recursos financeiros da família.
“A mulher normalmente é mais preparada para administrar as finanças da casa que o homem. Claro que isso não é uma realidade absoluta, há muitos casos em que os homens são mais organizados, mas no geral, quando a mulher se dispõe a cumprir esse papel, ela cumpre melhor. Até por questões naturais, já que geralmente é ela quem vai mais ao mercado fazer compras ou se envolve de forma mais direta ao cuidar dos filhos”, avalia.
Embora o perfil das famílias esteja mudando nos últimos anos, com maior envolvimento dos homens nas tarefas domésticas e com o crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho, fatores históricos fazem com que as mulheres, em geral, tenham maior talento para a administração das finanças da casa. “Se a gente voltar ao passado, desde a época das cavernas o homem saía para caçar e a mulher administrava a casa. Por isso, eu acredito que a mulher tem, sim, um dom mais apurado para administração e gerenciamento”, complementa.
Entretanto, Patricia destaca que as mulheres precisam manter o controle para evitar gastos desnecessários. Segundo a autora, as mulheres são mais emotivas e menos racionais que os homens. Isso pode dificultar a administração da rotina. Patricia destaca, ainda, que elas são, hoje, mais alvo das ações do mercado publicitário. Por isso, devem estar prontas para evitar cair em “armadilhas” preparadas especialmente para chegar até o cotidiano delas. “A publicidade em geral descobriu que é a mulher quem escolhe o que vai ser comprado em casa. Ela escolhe desde a cor da pintura da casa à roupa dos filhos, passando modelo da televisão”, destaca.
Patricia lembra, ainda, que é essencial ter organização para garantir uma vida financeira bem sucedida. Por isso, as mulheres que assumem a responsabilidade pela gestão dos custos na família devem ter consciência dos valores referentes a cada gasto. “Tem gente que ganha muito bem, mas também gasta muito e não sabe para onde vai o dinheiro. Outros, que ganham menos, podem ter um padrão de vida melhor. A questão é saber administrar o que se tem”, conclui.
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