Planos demonstram resiliência, mesmo em cenário de volatilidade
11/06/2024A situação da economia brasileira segue trazendo desafios para os planos administrados pela Previ. Em abril, o Plano 1 chegou a apresentar um desempenho positivo nos investimentos: 0,41%. Entretanto, ajustes nas provisões matemáticas e outras despesas, incluindo pagamento de benefícios, levaram a um recuo de R$ 1,04 bilhão no período. Já o Previ Futuro encerrou o mês com rentabilidade negativa de 1,13%.
Mesmo diante do cenário adverso, os planos da Previ seguem resilientes. No ano, a rentabilidade acumulada do Plano 1 está negativa em 0,61%. O excelente desempenho assegurado em 2023 mantém o plano em equilíbrio, com superávit acumulado de R$ 5,07 bilhões e patrimônio de aproximadamente R$ 231 bilhões. No Previ Futuro, o recuo no ano é de -1,16%. O patrimônio acumulado no Plano é de R$ 32,3 bilhões.
A incerteza sobre o início do ciclo de redução de juros nos Estados Unidos, com a economia americana ainda aquecida, levou os investidores a buscarem menos risco em seus portfólios. A situação foi agravada pela revisão da meta fiscal pelo governo, que levou a um aumento do prêmio de risco, provocando uma subida da curva de juros das NTN-Bs para a faixa dos 6% a.a.
Para completar, o Ibovespa apresentou uma retração de 1,70% no mês, e acumula uma queda no ano de 6,16%. Outro indicador importante, o dólar teve valorização de cerca de 3,5%, saindo de R$4,99 no final de março para R$5,17 no último dia de abril. No ano, a moeda americana acumula alta de 6,8%.
O segmento de Renda Fixa, o maior da carteira do Plano 1, com cerca de R$ 139 bilhões investidos, apresentou rentabilidade de 0,35% em abril. Os títulos públicos para negociação apresentaram retração com o aumento do prêmio das NTN-Bs.
A renda variável teve variação positiva de 0,73%. Esse desempenho, acima do índice Ibovespa, foi puxado pela carteira de Participações, que teve valorização de 1,47% no período, refletindo a recuperação dos papéis da mineradora Vale.
As aplicações em Caixa, que remuneram com base na Selic, e os títulos mantidos até o vencimento também contribuíram positivamente para o resultado. Durante o mês, a Previ aumentou a alocação na estratégia de NTN-Bs marcadas até o vencimento, aproveitando o prêmio de juros em relação à meta atuarial.
O segmento de Renda Variável, com cerca de R$ 5,5 bilhões investidos, apresentou desvalorização de 1,94% em abril e acumula perda de 6,57% no ano. Já o retorno da Renda Fixa, afetado pela volatilidade dos prêmios das NTN-Bs, apresentou desvalorização de 1,05%.
Mais de 62,7% do segmento de Renda Fixa do Previ Futuro está aplicado em NTN-Bs. Apesar da volatilidade na precificação, estes títulos são considerados bem aderentes à estratégia de investimentos do Previ Futuro, e indicados para a formação de reserva de longo prazo, como no caso de um plano de Previdência.
O desempenho de todos os perfis de investimento recuou em abril, refletindo a rentabilidade negativa da carteira de Renda Fixa. O perfil Conservador teve a menor retração, de -1,01%, enquanto a mais acentuada foi do Ciclo de Vida 2060, com -1,37%. Atualmente, esse é o perfil com a maior faixa de alocação em renda variável.
A análise macroeconômica aponta para a manutenção da volatilidade nos mercados nos próximos meses, até que os Estados Unidos iniciem o ciclo de redução dos juros da economia americana. Ainda que demore um pouco mais do que o inicialmente previsto pelos principais agentes financeiros, a Previ acredita num cenário positivo de gradual desinflação no mundo e no Brasil, redução nas taxas de juros e aumento do apetite por ativos como as ações.
Confira mais informações sobre o desempenho dos Planos 1 e Previ Futuro no podcast de resultado, narrado por Luciana Lima, assessora da Diretoria de Investimentos da Previ:
A transparência é um dos valores fundamentais da Previ. Por isso, o desempenho dos planos é divulgado mensalmente na seção Prestação de Contas no site e no App. Acompanhe!