Nos dias 15 e 16 de setembro foi realizado digitalmente o 10º Seminário de Gestão de Investimentos pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar, a Abrapp. O evento reuniu especialistas, profissionais e gestores do sistema, entre eles três representantes da Previ: o diretor de Participações Denísio Liberato, o diretor de Investimentos Marcelo Wagner e o executivo da gerência de Investimentos Estratégicos, João Ernesto Mesquita.

A abertura do evento foi realizada pelo diretor presidente da Abrapp, Luís Ricardo Martins, que destacou a resiliência do sistema, apesar do cenário desafiador com fatores como retorno da inflação e aumento da longevidade, além das consequências da pandemia: “Fizemos a lição de casa e superamos o pavor de março de 2020, com a recuperação do déficit ao final do ano passado”, comentou.

O diretor de Investimentos Marcelo Wagner, que também é secretário-executivo do Colégio de Coordenadores de Investimentos da Abrapp, foi o moderador do painel “Talk de líderes e AETQs, discussões atuais na gestão de investimentos”. Os painelistas debateram desde aspectos conceituais até os desafios que serão vividos pelo setor no futuro: “Costumo dizer que o nosso produto financeiro é o mais humano que existe. Tenho certeza de que é o produto mais legal que já foi concebido. Balanceamos riqueza humana com riqueza financeira. No século 21 envelhecer vai ser muito diferente do que foi envelhecer nos séculos anteriores. O nosso produto ajuda as pessoas a converter renda em riqueza enquanto elas possuem bastante capital humano. E depois ajuda a converter essa riqueza em renda, quando o capital humano diminui. Essa é a lógica do que a gente faz”. Participaram do painel Carlos Renato Salami, do Isbre; Édner Bitencourt Castilho, da Vivest e Gustavo Ottoni, da Centrus.

Denísio Liberato foi o moderador do painel "Mais do que produtos, cultura ESG na seleção e gestão dos investimentos". Um dos temas destacados pelo diretor foi como identificar empresas sustentáveis, evitando, por exemplo, o chamado greenwashing: “A rápida mudança de foco para questões ESG contribuiu para o crescimento exponencial dos dados, o que por sua vez tem levado investidores a recompensarem as empresas que pontuam bem em questões ESG que são materiais para seus negócios”, afirmou.

Os painelistas convidados foram Henri Rysman de Lockerente, gestor de fundos de Renda Fixa da BNP Paribas Asset Management, e Pablo Riveroll, executivo de ativos da Schroders Investment Management na América Latina.

Já João Ernesto Mesquita, executivo da gerência de Investimentos Estratégicos da Previ, foi o moderador do painel “A crescente participação dos fundos imobiliários nos portfólios das EFPC”. João Ernesto apresentou dados sobre a Previ, que conta tem uma carteira imobiliária avaliada em R$ 12 bilhões e alocações em fundos imobiliários (FIIs) de R$ 340 milhões. O painel contou com apresentações de dois gestores da XP Asset Management: Pedro Carraz, gestor de fundos de ativos reais, e André Masetti, gestor de fundos estruturados.