Na semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) se reuniu para decidir pela manutenção ou não da taxa básica de juros do país, a Previ manteve a projeção de que a Selic fechará 2022 no patamar de 13,75% ao ano, ratificando o fim do mais longo ciclo de alta de juros da história do comitê.

O cenário econômico entre a reunião de setembro do Copom e a que aconteceu nesta semana sofreu poucas alterações, o que favoreceu a manutenção da estratégia da autoridade monetária. Ao longo de 2022, a persistência de choques inflacionários e riscos geopolíticos contrastaram com resultados de atividade que evidenciaram um aquecimento da demanda interna por consumo de serviços, em detrimento ao de bens.

Além disso, no segundo semestre desse ano, pode-se observar que a continuidade do crescimento da atividade econômica foi apoiada pelos estímulos fiscais e reduções temporárias pontuais, como em combustíveis e em energia. Estas medidas atenuaram e postergaram os efeitos contracionistas da política monetária.

Diante desse cenário, o Copom, agora em decisão unânime, confirma a interrupção do ciclo de altas na taxa Selic, com sua manutenção na reunião realizada em outubro. A autoridade monetária permanece dando ênfase no cenário incerto e que, para as próximas reuniões, continuará a ponderar sobre as conjunturas domésticas e globais antes de tomar qualquer decisão.

Previ no ranking Top 5 Bacen de setembro

No mês de setembro, a Previ figurou, pela quinta vez consecutiva em 2022, no ranking top 5 do Banco Central. Em linha com as projeções da Previ, o Copom manteve a taxa Selic em 13,75% na reunião de outubro. Com isso, a expectativa é de que a Previ permaneça no próximo ranking do top 5, que será divulgado no início do mês de novembro. Esses resultados evidenciam a precisão das projeções do corpo técnico da Entidade em relação à decisão do Copom.

Para 2022, esperamos a manutenção da Selic nesse valor de 13,75% e um ajuste mais lento para 2023. Reforçamos também a necessidade de nos mantermos atentos e vigilantes sobre a trajetória das expectativas de inflação e do balanço de riscos para eventuais acertos nas nossas projeções.