Ministro Alexandre Padilha reforça importância das EFPCs para a economia do país no SIGA

Evento organizado pelos fundos de pensão chegou ao fim nesta sexta-feira, 9/8

 

Após mais de 20 painéis sobre temas diversos relacionados ao universo das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs), o Seminário de Investimentos, Governança e Aspectos Jurídicos da Previdência Complementar, o SIGA, terminou nesta sexta-feira, 9/8. O evento foi realizado na Marina da Glo¿ria, Rio de Janeiro, e teve no encerramento a participação do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

O representante do governo federal fez uma retrospectiva das medidas econômicas que estão sendo adotadas e que impactam diretamente os fundos de pensão, que segundo ele são fundamentais para o desenvolvimento do país. “Nesses quatro anos o Brasil vai crescer mais do que 2%, o que há uma década não acontecia e vamos terminar com taxa de desemprego abaixo de 7%”, lembrou.

Ele também comemorou o avanço da reforma tributária, citando a importância da mobilização das EFPCs no diálogo para evitar a incidência do IBS/CBS nas entidades. “Agora, vamos trabalhar no Senado para concluir a reforma e terminar o ano com ela implementada”.

Padilha também reforçou o trabalho que vem sendo realizado para fomentar novos investimentos que vão garantir um modelo macroeconômico de estabilidade, e que poderá contar com a participação dos fundos. Ele citou as debêntures da infraestrutura, as Letras de Crédito de Desenvolvimento (LCD) e também os fundos de economia verde. “Não tem porque não consolidarmos esse novo ciclo de crescimento econômico, com redução das desigualdades e saúde das contas públicas”.

Para João Fukunaga, presidente da Previ, o SIGA chega ao final mostrando ainda mais sua relevância não só para as entidades do setor, mas para o mercado de capitais. “Ao longo dos últimos dias debatemos tendências, soluções e estratégias que irão nortear o mercado de investimentos institucionais”, explicou.

Ações de governança nas empresas e nas EFPCs também pautaram o último dia de SIGA

Os painéis finais do SIGA também serviram para o diálogo sobre estratégias de governança e ASGI que podem tornar empresas e entidades ainda mais seguras e eficientes diante dos novos desafios que o mercado impõe.

O primeiro painel do dia reuniu representantes da Previ, da Petros, da Fapes e da Petrobras para debater a aproximação com associados e associadas, inclusive com o uso de novas tecnologias. “A fidelização é essencial para construir essa relação de proximidade com quem contribui. Afinal, nós temos 120 anos de história, uma relação de longuíssimo prazo”, disse Wagner Nascimento, diretor de Seguridade da Previ.

As práticas ASGI também voltaram ao palco do seminário. Marcel Barros, presidente da Anapar, fez críticas às empresas que utilizam a sigla apenas como um selo e defendeu a integridade e sustentabilidade como compromissos fundamentais. “A integridade gera confiança. Não adianta nada eu falar de sustentabilidade e só me preocupar com o próximo trimestre, a integridade foi trazida para esse mundo. Tem que ser um propósito. As pessoas veem isso como uma obrigação, mas elas precisam acreditar de fato no que estão desenvolvendo”, disse.

Em outro painel, Agnes Blanco, diretora-geral da Sodali & Co no Brasil disse que “os fundos de pensão tem um papel fundamental nas melhores práticas de governança das empresas que investem”. Ela citou exemplos de outros países em que as EFPCs possuem grande influência nestes avanços. “Essa pressão por mudanças tem influência direta nas companhias. Flavia Mouta, diretora de Emissores da B3, também apontou como é positivo que “os fundos de pensão puxem muito essa agenda”.

SIGA uniu poder público, mercado e EFPCs durante quatro dias de evento

Entre os dias 6, 7, 8 e 9 de agosto, a 2o edição do SIGA reuniu gestores das EFPCs, executivos do mercado financeiro e autoridades públicas para discutir questões jurídicas e de governança dos investimentos institucionais do país.

O SIGA foi realizado pelos principais fundos de pensão do país, com organização da Previ - Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil -, da Petros - Fundação Petrobras de Seguridade Social -, da Funcef - Fundação dos Economiários Federais -, da Valia, da Postalis - Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos e da Fapes - Fundação de Assistência e Previdência Social do BNDES.

A Anapar (Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão), a Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar) e a Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) apoiaram institucionalmente o evento.

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