Maior fundo de pensão do Brasil nasceu antes da previdência oficial, tem mais de 200 mil associados e R$ 272,4 bilhões em ativos.

 

A Previ, a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, completa 120 anos no próximo dia 16 de abril. Inaugurada em 1904 como Caixa de Montepio dos Funcionários do Banco do Brasil, a entidade contava então com 52 associados. Atualmente, são cerca de 200 mil.

A Previ foi o primeiro modelo de previdência do país. A ideia surgiu da necessidade de proteger os funcionários e seus familiares em uma época em que a expectativa de vida não chegava aos 35 anos. Reunidos pela força de uma ideia e pela insegurança sobre o destino de seus descendentes, o propósito daqueles homens de 1904 foi transmitido, geração a geração, para os que vieram depois e fazem parte da Previ de hoje: cuidar do futuro das pessoas.

Quase vinte anos depois, em 1923, a Lei Eloy Chaves instituiu no Brasil as primeiras Caixas de Aposentadoria e Pensões para atender trabalhadores de ferrovias. Em 1934, o Governo Federal decretou a criação do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários (IAPB). Nesse mesmo ano, após uma reforma estatutária, a Caixa de Montepio foi transformada na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil. Somente em 1966 o Governo extinguiu o IAPB e criou o Instituto Nacional de Previdência Social – INPS, atual Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Nas últimas décadas muitas mudanças e desafios se apresentaram para o país e para a previdência.  A Previ, que serviu de modelo para a previdência oficial e para todas as outras entidades de previdência complementar, segue sendo exemplo de governança e solidez. Milhares de associados e seus familiares já passaram pela Previ. Talvez o seu número mais emblemático seja mesmo o 120, pois, no ano em que a Entidade chega ao seu aniversário de 120 anos, há 120 associados centenários usufruindo de seus benefícios.

 

Com patrimônio de R$ 272,4 bilhões – se fosse um estado, a Previ estaria entre os 10 maiores PIBs do país – a Entidade continua a gerir seus ativos com diligência. As decisões seguem um processo pautado por análises técnicas, baseadas em suas Políticas de Investimentos que compreendem um conjunto de diretrizes e medidas que norteiam a gestão de longo prazo dos ativos, sempre focadas no equilíbrio e perenidade dos planos de benefícios. Tal equilíbrio é fundamental quando se tem 120 anos de história e um horizonte infinito à frente.

 

O desafio agora é olhar para o futuro. “Há 100 anos os idosos representavam 4% da população brasileira, hoje são 15%. A expectativa de vida passou de 62 anos, na década de 1960, para 77 anos, atualmente. O aumento da longevidade e as novas formas de relações trabalhistas são um grande desafio para muitos países, inclusive o Brasil, que precisam da previdência complementar para garantir uma velhice com dignidade à sua população. A nossa responsabilidade é grande e precisamos fazer sempre mais e melhor, olhando nossos associados para outras necessidades além do pagamento de benefícios.”, explica o presidente João Fukunaga.

João destaca ainda que “com participação em mais de 100 empresas de relevância no cenário nacional a Previ tem ciência da sua responsabilidade na indução de boas práticas ASGI – ambiental, social, governança e integridade, que estão presentes em cada tomada de decisão.”.

A entidade oferece, além dos planos previdenciários voltados para os funcionários do Banco do Brasil e da Previ - Plano 1 e Previ Futuro, linhas de empréstimos e financiamento imobiliário, pecúlios e um plano para os familiares dos associados até 4º grau, o Previ Família. 

 

Alguns números da previdência complementar

O Brasil conta hoje com mais de 270 entidades fechadas de previdência complementar (EFPC) e 43 abertas (EAPC), que abrangem uma população de 17 milhões de pessoas, entre aposentados, pensionistas e participantes na ativa.

No 3º trimestre de 2023, o patrimônio do Regime de Previdência Complementar atingiu R$ 2,64 trilhões, o equivalente a 26% do PIB do Brasil. Esse resultado indica crescimento de aproximadamente 7,3% em relação a dezembro de 2022. Desse patrimônio, cerca de 47% está nas EFPC e 53% nas EAPC e Seguradoras. Em 2023, os ativos das EFPC totalizaram R$ 1,27 trilhão.*

Com mais de 200 mil associados, entre aposentados e funcionários da ativa do Banco do Brasil e do quadro próprio, a Previ paga, anualmente, R$ 16 bilhões em benefícios, mais do que toda a previdência aberta (cerca de R$ 4,5 bilhões) e o correspondente a 20% dos benefícios pagos pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar.

No último ano, seu plano mais antigo (benefício definido) apresentou rentabilidade de 13,5% enquanto a meta atuarial foi de 8,6% (INPC+4,75%), alcançando um resultado positivo de R$ 14,5 bilhões, o maior dos últimos dez anos.

O Previ Futuro alcançou R$ 32,8 bilhões em ativos totais, um marco histórico para o plano. A rentabilidade acumulada no ano foi de 16,1%, quase o dobro da meta atuarial, que foi de 8,5% (INPC+4,62%). 

*Relatório Gerencial Previdência Complementar 3º tri/2023/Consolidado Estatístico Abrapp dez/2023